JUSTIÇA

Fux é sorteado relator do processo que deixa Bolsonaro inelegível

Redação BSM · 10 de Maio de 2024 às 14:32 ·

O processo foi redistribuído após o primeiro relator, o ministro Cristiano Zanin, declarar-se impedido de julgar o caso. Na quinta-feira (9), o plenário do STF confirmou esse impedimento

O Supremo Tribunal Federal (STF) designou o ministro Luiz Fux como o novo responsável pelo recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível por oito anos devido ao abuso de poder político durante o ciclo eleitoral de 2022.

O processo foi redistribuído após o primeiro relator, o ministro Cristiano Zanin, declarar-se impedido de julgar o caso. Na quinta-feira (9), o plenário do STF confirmou esse impedimento.

Zanin se considerou impedido porque, quando era advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou para o STF, o ministro havia movido uma ação semelhante contra Bolsonaro no contexto das eleições de 2022. Ele tomou essa decisão antecipadamente para evitar possíveis problemas futuros de distribuição, explicou.

No mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra o pedido de Bolsonaro para que o STF revertesse sua inelegibilidade. Para o órgão, não compete à Corte reavaliar as evidências do processo de forma a modificar a decisão já tomada pelo TSE.

Em junho do ano passado, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e utilização indevida dos meios de comunicação, devido à organização de uma reunião com embaixadores na estrutura física do Palácio da Alvorada em julho de 2022, durante a qual ele criticou o sistema eletrônico de votação.

O TSE já havia rejeitado um recurso anterior do ex-presidente, que agora busca uma última alternativa junto ao STF.

 


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