Folícia Federal e os dons de Luif Ináfio
O Motorista do Uber percorre a extrema-imprensa nacional e descobre que a crise na democracia só não é maior do que o analfabetismo funcional das redações.
Nesta semana eu tô igual delegado-chefe da Polícia Federal: meio empregado, meio demitido.
Tudo isso porque o Silvio Grimaldo andou recebendo umas fake news no celular dele a meu respeito.
Começou a correr na redação o boato que eu tô colocando minha família para ler os meus artigos em benefício próprio. Quando o texto tem bastante acesso, o Paulo Briguet parabeniza o autor na redação.
Aí já viu como é! Artigo com bastante acesso e comentário dá cartaz na redação, mas não pode ser manipulado, não pode apelar pra mãe e pra vó.
Para resolver essa história os dois chefes me chamaram e me colocaram contra a parede.
- Como é que você faz esses artigos? perguntou o Silvio. Tem método?
- Não, cara, eu sou hétero. Eu prefiro escrever de madrugada, porque chego da rua e tô sem sono. Aí aproveito para escrever em vez de ficar rolando na cama, respondi.
- E você dorme depois de quantas roladas? perguntou o Paulo.
O Silvio começou a dar tanta risada que me dispensou da reunião e disse que tava tudo certo. Eu fiquei feliz por esclarecer tudo, mas não achei educado ele rir tanto assim da minha insônia.
O Paulo saiu logo em seguida e me disse para ficar tranquilo. É melhor escrever do que ficar rolando de lá para cá.
Deus abençoe a paciência do Paulo.
Coloque seu cinto de segurança e afivele bem! Com as curvas fechadas da imprensa e da política, quem não se segura pode cair numa rolada.