Flávio Dino nega ter ido ao Complexo da Maré sem segurança
"Considero que é dever do cargo atender a todos os convites que venham da sociedade."
Durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino alegou que eram falsas as acusações de que ele visitou o Complexo da Maré sem segurança. "Não sei de onde tiraram essa história", afirmou o comunista.
Durante a sabatina, o senador Rogério Marinho questionou Dino sobre sua recusa em comparecer ao Congresso Nacional durante a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro.
Dino justificou temer pela sua integridade física, o que levou Marinho a apontar um aparente contrassenso: "Vossa Excelência disse que temia pela sua integridade física, mas o senhor não temeu pela sua integridade física quando foi à favela da Maré com pouquíssima condição de segurança pública. Então, me pareceu um contrassenso lógico e uma falta de cordialidade com o Congresso Nacional", afirmou o senador.
Dino, por sua vez, disse que a visita à favela teria sido previamente comunicada à Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e que sequer teria subido o morro.
"Dizem que eu subi o morro. Não, não havia morro. Houve um ingresso em 15 metros a partir da Avenida Brasil atendeno a um convite — e eu tenho aqui os ofícios. Três dias antes foi comunicada a PRF, foi comunicada a PF, foi comunicada a PCRJ, foi comunicado o corpo de bomb RJ, foi comunicada a PMRJ. Todos previamente e todas essas instituições estavam presentes lá. Eu não se de onde tiraram essa história de que não havia segurança. Havia de todos esses órgãos aqui, que foram comunicados três dias antes da visita."
Dino afirmou ainda que considera ser seu dever atender a todos os convites provenientes da sociedade:
"Considero que é dever do cargo atender a todos os convites que venham da sociedade. Assim como me reúno com empresários, é claro que atendo o convite das pessoas mais pobres também."
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