Expediente de funcionários públicos será facultativo em dias de jogos da Seleção feminina de futebol
Apesar do expediente facultativo já existir para o futebol masculino, a tentativa do atual governo é – de maneira sintética, sob o discurso de ajustar a “desigualdade esportiva” – incentivar os brasileiros a, no mínimo, notarem a modalidade feminina
A ministra do Esporte, Ana Moser, solicitou ao presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a concessão de expediente facultativo de funcionários públicos durante os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina. Segundo a Agência Brasil, será publicado no Diário Oficial da União uma portaria do Ministério da Gestão e Inovação autorizando o projeto.
Entre os dias 20 de julho e 20 de agosto, ocorrerá a Copa do Mundo Feminina, organizada pela FIFA (Federação Internacional de Futebol), sediada em dois países: Austrália e Nova Zelândia. O Brasil disputará 8 jogos em todo o torneio.
No começo de julho, Lula e Ana Moser estavam acompanhando os treinos da Seleção brasileira de futebol feminino quando a ministra do Esporte solicitou ao empossado a permissão para que funcionários públicos tivessem o expediente facultativo durante os jogos do Brasil no torneio; o pedido foi aceito por Lula. Entretanto, as horas não trabalhadas deverão ser compensadas até o final de Dezembro.
Haverá dois moldes para regulamentar o expediente:
- Brasil entra em campo às 7h30 – o expediente começa às 11hrs.
- Brasil entra em campo às 8hrs – o expediente começa às 12hrs.
No ano passado, o futebol feminino atingiu o maior número de torcedores da história da modalidade. No jogo entre Barcelona e Wolfsburg, na Espanha, o estádio do Camp Nou apontou um público de 91.648 pessoas.
Entretanto, ainda em 1950, no jogo entre Brasil e Uruguai pela final da Copa do Mundo, o estádio do Maracanã registrou a presença de 199.854 torcedores. Os números apontam uma enorme discrepância entre o apreço pelo futebol masculino em relação ao feminino.
Apesar do expediente facultativo já existir para o futebol masculino, a tentativa do atual governo é – de maneira sintética, sob o discurso de ajustar a “desigualdade esportiva” – incentivar os brasileiros a, no mínimo, notarem a modalidade feminina.
"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"