Ex-comandante da PMDF fica em silêncio durante depoimento na CPMI do 8 de Janeiro
O militar chamou os invasores de "terroristas" e disse que não estava no comando da operação na Esplanada dos Ministérios
Um habeas corpus concedido pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao ex-comandante da PMDF coronel Fábio Augusto Vieira garantiu a ele o direito de ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a invasão de prédios públicos em 8 de janeiro.
O coronel e outros seis oficiais da PMDF estão presos preventivamente desde o dia 18 de agosto, por suspeitas de omissão nos ataques e trocas de mensagens sobre “intervenção federal”. Vieira já havia sido preso em janeiro e liberado em fevereiro.
O militar, que era o comandante das tropas nesse dia, alegou que não responderia às perguntas dos deputados e senadores por não ter tido acesso aos documentos que fazem parte do inquérito que apura a omissão da PM do Distrito Federal durante a prática dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Fábio Augusto Vieira falou inicialmente à CPMI sobre os 30 anos de carreira na PMDF, ressaltando que nunca respondeu a processos, teve elogios na ficha profissional e não foi comandante por indicação política.
O ex-comandante da PM do Distrito Federal se disse "consternado" pelos atos de 8 de janeiro e chamou os invasores de "terroristas" e "vândalos".
Apesar do apelo feito pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para que o depoente falasse, Fábio Augusto Vieira decidiu permanecer em silêncio.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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