RELAÇÕES EXTERIORES

Ex-chanceler brasileiro alerta sobre “perigosa aproximação militar” entre o governo Lula e o Irã

Claudio Dirani · 2 de Fevereiro de 2023 às 17:41 ·

Ernesto Araújo fala com exclusividade ao BSM sobre a missão da marinha iraniana ao Rio de Janeiro, e critica o envolvimento com o país que acumula violações aos direitos humanos

No último sábado, 28 de janeiro, os navios militares do Irã Iris Markan e Iris Dena atracaram no Rio de Janeiro, usando o Brasil como última escala antes da chegada das fragatas ao Canal do Panamá, considerado um dos principais pontos estratégicos do planeta. A missão da marinha iraniana, autorizada pelo alto comando da marinha brasileira, tem sido vista como uma espécie de afronta à soberania dos Estados Unidos na Região.  De acordo com as autoridades brasileiras, os navios acordaram na costa brasileira portando mísseis de cruzeiro, armas antinavais e torpedos.

Ao ser questionado sobre as recentes manobras estratégicas do país asiático, o Departamento de Estado norte-americano afirmou “que tem monitorado as operações dos navios”, desde sua partida em Teerã.

“Estamos cientes da operação e continuaremos a monitorar todas as tentativas do Irã em se estabelecer militarmente em águas ocidentais”, afirmou o porta-voz do órgão, Ned Price.

A deputada Maria Elvira Salazar, declarou à Fox News que a missão seria uma forma do Irã reforçar alianças com governos socialistas, incluindo o Brasil.

“Não é coincidência que os navios tenham sido enviados ao Rio de Janeiro, um mês após um governo socialista tenha retomado o poder”, apontou a representante da Flórida, filiada ao partido Republicano.

Por sua vez, o vice-presidente do Irã Mohammad Hosseini comunicou a intenção de reforçar “os laços econômicos e políticos Brasil-Irã”, quando esteve na cerimônia da posse de Lula, em 1º de janeiro.

Antes disso, o vice-presidente do PT e deputado federal, José Guimarães (o mesmo do incidente dos dólares na cueca), já havia se reunido com o embaixador iraniano Hossein Gharibi em novembro, quando o diplomata disse que o motivo do encontro era discutir “o aumento das relações bilaterais com o Brasil” a partir do terceiro mandato do petista.

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