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Erika Hilton defende assassinato de bebês e diz que CFM quer submeter vítimas de estupro à "tortura"

Redação BSM · 21 de Junho de 2024 às 07:44 ·

Para Hilton, é mais fácil matar um bebê do que realizar um parto. “E isso não é o milagre da vida. Isso seria o inferno na terra, promovido por um médico dentro de um centro obstétrico”

Erika Hilton (Psol-SP) defendeu o assassinato de bebês após criticar uma fala do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, que afirmou que a “autonomia da mulher” não pode superar o dever de “proteger a vida”, como “monstruosa”

“O presidente do CFM está usando meninas, 80% das vítimas de violência sexual, como palanque político a favor do PL [projeto de lei] 1.904 e ideais bolsonaristas”, disse Hilton em suas redes sociais, na quinta-feira (20).

Para Erika, Gallo estaria "defendendo" o fim do direito de mulheres e submetendo-as à "tortura". 

“Forçar uma menina vítima de violência sexual ao ‘parto’ é um dos maiores horrores já propostos na história da Congresso e do CFM”, disse.

Para Hilton, é mais fácil matar um bebê do que realizar um parto. “E isso não é o milagre da vida. Isso seria o inferno na terra, promovido por um médico dentro de um centro obstétrico”, completou.

Na última segunda-feira (17), José Hiran Gallo participou de uma sessão convocada pelo Senado para discutir a assistolia fetal. Durante seu discurso, abordou a resolução 2.378 de 2024 do CFM, que proibia médicos de realizar o procedimento de interrupção de gestações acima de 22 semanas em casos de estupro. Essa medida foi temporariamente suspensa pelo STF em maio deste ano.

“Até que ponto a prática da assistolia fetal em gestação acima de 22 semanas traz benefício e não causa malefício? Esta é a pergunta. Só causa malefício. Nesse campo, o direito à autonomia da mulher esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós de proteger a vida de qualquer um, mesmo um ser humano formado com 22 semanas”, disse Gallo.

A presença do representante do conselho foi solicitada enquanto a Câmara dos Deputados debate o chamado PL "antiaborto", que visa proibir o procedimento médico para mulheres com mais de 22 semanas de gestação, mesmo nos casos previstos por lei. A assistolia fetal envolve o uso de substâncias como cloreto de potássio e lidocaína para interromper os batimentos cardíacos do feto ainda no útero, sendo recomendada pela OMS quando a gestação é interrompida após 20 semanas.

 

 


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