INTERNACIONAL

Ditadura cubana pune opositores por protesto pacífico em Guantánamo

Luís Batistela · 19 de Julho de 2024 às 10:06 ·

Ao CubaNet, Victoria Martínez Valdivia, mãe de dois dos réus, afirmou que os depoimentos contra os manifestantes eram mentirosos.

A ditadura cubana condenou cinco opositores de Miguel Díaz-Canel a penas de dois a oito anos de prisão por se manifestarem pacificamente contra o regime em Caimanera, na província de Guantánamo. O caso, julgado em 17 de maio no Tribunal Popular Municipal de Niceto Pérez, teve a sentença publicada apenas no último dia 9.

De acordo com a agência CubaNet, Daniel Álvarez González e Luis Miguel Alarcón Martínez foram condenados, respectivamente, a oito e sete anos de prisão; Freddy Sarquiz González, cinco anos; Rodolfo Álvarez González, quatro anos; e Felipe Octavio Correa Martínez, dois anos. Eles foram acusados de instigar à prática de crimes, desordem pública, atentado e resistência à autoridade. O réu Yandri Pelier Matos foi absolvido.

A sentença informa que eles teriam violado “gravemente a ordem pública em detrimento do respeito à comunidade, às autoridades do território e à Polícia Nacional Revolucionária”. Os agentes também alegaram que ao menos dois deles estavam embriagados enquanto bradavam contra o comunismo. Ao CubaNet, Victoria Martínez Valdivia, mãe de dois dos réus, afirmou que os depoimentos contra os manifestantes eram mentirosos.

Em uma declaração pedindo a libertação de manifestantes presos em Cuba, incluindo aqueles envolvidos nos protestos de julho de 2021 e em Caimanera em 2023, a Anistia Internacional ressaltou que "a criminalização pelo simples exercício dos direitos à liberdade de expressão e de reunião de aliança continuam inabaláveis até hoje” no país caribenho.

 


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