Direito racial é racismo
Todos os racismos do mundo surgiram como alguma forma de compensação histórica e criaram direitos raciais que simplesmente subverteram os direitos civis. Leia o excelente artigo de Olavo de Carvalho republicado no Brasil Sem Medo.
Se um sujeito acredita que a principal diferença entre um pangaré de carroça e um puro-sangue é a cor, todo mundo percebe que ele não está bom da vista ou da cabeça. Já a senadora Benedita da Silva diz a mesma coisa da diferença entre ela e Marilyn Monroe, e ninguém tem a coragem de lhe informar que dificilmente ela se sairia melhor numa comparação com Whitney Huston ou Isabel Filardis. Chamada implicitamente de bagulho pelo novo presidente da Sebrae, a senadora explicou a indelicadeza como delito de racismo - um subterfúgio reconfortante negado às mocréias brancas. Maria da Conceição Tavares, se fosse vítima de grossura semelhante e quisesse armar em torno do caso um auê jurídico, não poderia senão processar Marilyn Monroe por concorrência desleal.
Acuado pelo discurso histérico dos racistas pretos, este país está levando a hipocrisia além do limite de segurança em que ela se transforma em auto-engano, e o auto-engano em demência.
Alegando os sofrimentos históricos de seus antepassados, os negros conquistaram o direito de fazer a apologia da própria raça sem poderem ser acusados de racismo, e de, em contrapartida, acusar de racismo quem critique um preto por qualquer razão que seja.