POLÍTICA

Delegados da PF entram com ações contra Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val

Luís Batistela · 20 de Agosto de 2024 às 09:12 ·

Os delegados ainda entraram com uma representação contra os congressistas no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para que eles respondam por tais ações.

Os delegados da Polícia Federal (PF), representados pela Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF), decidiram em assembleia mover ações contra o senador Marcos do Val e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. As medidas incluem uma denúncia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) e na própria PF contra do Val, por incitação ao crime, e uma ação na União contra Eduardo Bolsonaro, por declarações públicas e ataques em redes sociais contra a PF e a um delegado envolvido em investigações relacionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Os investigadores argumentam que do Val teria realizado ataques, por meio de suas redes sociais, contra um delegado que conduz inquéritos relatados por Moraes, como o suposto plano de golpe durante o governo de Jair Bolsonaro e os atos de 8 de janeiro. O senador divulgou uma foto com a legenda "procurado", insinuando que ele seria um criminoso. Paralelamente, os agentes também entraram com uma ação contra Eduardo Bolsonaro, por declarações públicas contra a PF e o mesmo delegado citado por do Val.

Em nota, a entidade alega que a “imunidade parlamentar não autoriza qualquer pessoa a propagar acusações infundadas e ofensas que têm o objetivo de constranger o delegado que atuou no estrito cumprimento do dever legal, visando a desqualificar o trabalho técnico e independente realizado pela Polícia Federal”. Neste entendimento, a imunidade parlamentar “não pode ser usada como escudo para o cometimento de crimes contra honra e para a perigosa incitação de ataques”.

Os delegados ainda entraram com uma representação contra os congressistas no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para que eles respondam por tais ações. A ADPF “clama que o Poder Judiciário e o parlamento brasileiro ajam com rigor e imponham as sanções necessárias para frear essa escalada de ataques que coloca em risco não apenas a reputação, mas também a segurança do delegado e de sua família”.  

Com informações da CNN Brasil. 

 


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