DECADÊNCIA DO BRICS

Cúpula do Brics confirma entrada de mais seis países

Luís Batistela · 24 de Agosto de 2023 às 17:10 ·

"Decidimos convidar a República Argentina, a República Árabe do Egito, a República Federal Democrática da Etiópia, a República Islâmica do Irã, o Reino da Arábia Saudita e os Emirados Árabes. Unidos a tornarem-se membros de pleno direito do Brics a partir de 1 de janeiro de 2024", afirmou o presidente da África do Sul

A cúpula do Brics comunicou nesta quinta-feira (24) que ampliará o bloco diplomático. Segundo o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o grupo enviou convites formais para a Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A decisão foi anunciada no último do encontro da 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics, realizada entre 22 e 24 de agosto.

"O Brics é um grupo diversificado de nações. É uma parceria igualitária de países que têm pontos de vista diferentes, mas que partilham uma visão para um mundo melhor. Os cinco membros chegam a um acordo sobre os princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos do processo de expansão. Temos consenso sobre a primeira fase deste processo de expansão. Decidimos convidar a República Argentina, a República Árabe do Egito, a República Federal Democrática da Etiópia, a República Islâmica do Irã, o Reino da Arábia Saudita e os Emirados Árabes. Unidos a tornarem-se membros de pleno direito do Brics a partir de 1 de janeiro de 2024", afirmou Ramaphosa.

O presidente sul-africano ainda esclareceu que os países convidados deverão cumprir certos princípios e diretrizes caso estejam interessados em ingressarem o bloco.

"Concordamos na questão da ampliação. E adotamos um documento que estabelece diretrizes de princípios e processos para considerar os países que desejam se tornar membros do Brics".

Outras autoridades do governo da África da Sul declararam que mais 40 países estão dispostos em aderir ao Brics.

Entre os 6 países convidados, Egito, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos possuem o islamismo como religião predominante dentre o seu povo. Na Etiópia, os mulçumanos estão entre as três religiões mais professadas no país. Além da influência cultural, o islamismo exerce grande força nas articulações políticas nacionais e internacionais; ainda mais quando o Estado é gerenciado pelo Califado.

Por outro lado, o governo kirchnerista de Alberto Fernández possui familiaridade com Lula e o Partido dos Trabalhadores. Assim como o petista, Fernández atua na manutenção e propagação de políticas revolucionárias – principalmente na consumação de ações projetadas pelo Foro de São Paulo.

Na última segunda-feira (21), o embaixador do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Saboia, já havia elencado a possibilidade da inclusão da Arábia Saudita e Argentina na Cúpula. Até o presente momento, o grupo é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

 


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