Casal acusado de hostilizar Moraes depõe à Polícia Federal de Piracicaba
O advogado do casal disse à imprensa que, na verdade, houve um “equívoco” na acusação contra os seus clientes
Roberto e Andreia Mantovani, suspeitos por hostilizar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, no aeroporto de Roma, depõe, nesta terça-feira (18), à Polícia Federal de Piracicaba (SP). Neste domingo (16), o terceiro suspeito, o empresário Alex Zanatta Bignotto, já havia sido ouvido pela entidade. O caso segue repleto de controvérsias.
Residentes em Santa Bárbara d’Oeste, no estado de São Paulo, o casal foi encaminhado para depor na Polícia Federal do município de Piracicaba, no período da manhã, por volta das 9 horas.
Segundo a CNN, Ralph Tórtima Stettinger – advogado dos suspeitos – teria afirmado ao jornal que houve um “equívoco” na acusação aos seus clientes:
“O que nos chama a atenção, fica muito claro que está havendo, muito provavelmente, um equívoco”.
Também ao veículo Metrópoles, Stettinger defendeu o casal, esclarecendo que nenhuma ofensa havia sido proferida ao ministro:
“Não houve da parte deles nenhuma ofensa ao ministro Alexandre de Moraes. Eles não foram lá para isso. Estavam voltando de viagem com crianças, uma de 2 anos e outra de 4 anos. Foi uma confusão, e olha só o que gerou”.
Para Moraes, Andreia teria lhe xingado de “bandido, comunista e comprado”. Doravante seu esposo, Roberto Mantovani, teria proferido um golpe no rosto de seu filho.
Nesta segunda-feira (17), o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandoski, afirmou que a ocasião narrada por Moraes poderá enquadrar os suspeitos em um crime contra o Estado Democrático de Direito:
“Acredito que, dependendo da extensão e da gravidade do comportamento, pode sim se configurar como um crime contra o Estado Democrático de Direito, não apenas crime contra honra, ou injúria, ou calúnia, ou difamação [...] Esse tipo de comportamento configura um ilícito penal, ou vários ilícitos penais e, portanto, tem que ser reprimido com muita energia. Não só quando são dirigidos contra autoridades do Estado, mas também contra pessoas comuns”, disse o ministro.
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