CASA CIVIL NÃO É MAIS CASA DA MÃE JOANA

A recente nomeação do general Walter Braga Netto como ministro-chefe da Casa Civil, em substituição a Onyx Lorenzoni, que assumiu o Ministério da Cidadania, gerou incômodo em grande da imprensa brasileira e “especialistas políticos” de plantão. Braga tomou posse na última terça-feira (18) e o mainstream midiático não tardou em acusar o presidente de “militarizar” o Palácio do Planalto.

Em discurso na posse, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o papel do novo chefe da Casa Civil será de integração com os outros ministérios. “[Braga Netto] coordenará e me auxiliará e muito no contato com ministros e na solução dos problemas que vão se apresentar para nós”.

O currículo de Braga Netto poder ser considerado invejável em relação a seus antecessores. O militar atingiu o posto máximo na carreira do Exército, na chefiando o Estado Maior das Forças Armadas. Em 2016, ele foi um dos responsáveis pela coordenação de segurança durante a Olimpíada do Rio. Em 2018, foi responsável pela intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro.

Porém, o detalhe que mais passa despercebido pela mídia pode ser considerado o ponto de maior diferencial em relação a seus antecessores: Braga Netto tem ficha limpa e conduta ilibada.

Desde 2003, a Casa Civil vem sendo ocupada por ministros que acumulam na bagagem escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro, terrorismo e outros crimes.