IMPRENSA

Cafetão é mais decente que jornalista, diz Olavo de Carvalho

Cristian Derosa · 8 de Setembro de 2020 às 16:07 ·

Como os jornais brasileiros se tornaram espaços abertos à promoção de crimes hediondos

 

Em seu perfil nas redes sociais, o filósofo Olavo de Carvalho afirmou que teria sido mais decente se ele tivesse sido cafetão em vez de jornalista. O sentimento é compartilhado por quem quer um que tenha exercido a atividade mais depreciada das últimas décadas.

Após a defesa acalorada do infanticídio cometido contra um bebê de seis meses, seguido da tortura da menina de dez anos grávida, os jornais se uniram para a proteção do médico responsável, que naturalmente virou alvo de represálias e ofensas na internet. Na sequência, a mídia deu amplo espaço ao médico e ao seu discurso abortista, o que em um país sério já seria motivo para o fechamento dos veículos de mídia por apologia ao crime hediondo.

Não bastasse, uma Portaria do governo, que exigia apenas que médicos comunicassem a polícia a violência sexual para a identificação do estuprador, foi amplamente combatida pelos jornais. Em defesa do estuprador, até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, atacou a Portaria, acusando-a de “ilegal”.

Quando apenas escrevi que as deputadas petistas e feministas recorreram à ONU, em carta, contra a medida que denunciava estupradores, o site de “fact-checking” Aos Fatos, tratou logo de classificar a notícia como “falsa”, não sem confirmar toda a informação no seu próprio texto. Diante disso, não pude perder a chance de usar a autoridade do próprio checador contra eles e escrevi nova matéria, agora com selo do Aos Fatos: “Checadores confirmam”. Irritados, repetiram a checagem acusando-me novamente de fake. Desta vez, porém, percebemos que o checador falsificava flagrantemente a Portaria do governo, dizendo que ela “obrigava a denúncia do aborto à polícia”. Ora, a Portaria nada diz sobre o aborto, mas recomenda a denúncia apenas do crime de estupro. Ocorre que, indignados com a carta das feministas à ONU, que acusava a Portaria de “culpabilizar as vítimas”, não hesitaram em inventar um artigo que desse suporte à sua imaginação+

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