PF intima Bolsonaro a depor por mensagens trocadas com empresários sobre suposto "golpe"
No próximo comparecimento à Polícia Federal, Bolsonaro deverá esclarecer o seu envolvimento em conversas de Whatsapp com outros empresários que supostamente defendiam um golpe de Estado em caso de vitória do então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa do ex-presidente, porém, afirmou que ele só comparecerá caso tenha acesso aos autos do inquérito.
A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a prestar depoimento no próximo dia 31, em investigação sobre empresários que discutiram um "golpe de Estado" em grupo de WhatsApp.
Este é o quinto depoimento que Bolsonaro prestará somente neste ano.
Em 5 de abril, ele depôs em sede da investigação sobre as joias sauditas. Em 26 do mesmo mês, depôs no inquérito sobre o 8 de janeiro. No dia 16 de maio, prestou depoimento sobre suposta fraude de cartões de vacinação e um mês depois, em 12 de julho, na investigação sobre o suposto plano de golpe de Estado denunciado pelo senador Marcos do Val.
Leia: Bolsonaro diz que depoimento à PF é para causar desgaste à sua imagem.
No próximo comparecimento à Polícia Federal, Bolsonaro deverá esclarecer o seu envolvimento em conversas de Whatsapp com outros empresários que supostamente defendiam um golpe de Estado em caso de vitória do então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa do ex-presidente, porém, afirmou que ele só comparecerá caso tenha acesso aos autos do inquérito.
Novas mensagens
Na última segunda-feira (21), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, já determinou o arquivamento da investigação contra seis dos empresários envolvidos na investigação, por entender que suas declarações contidas nas mensagens vazadas não ultrapassam o "limite da liberdade de expressão".
Os outros dois empresários, Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan, porém, continuam alvos do inquérito.
Nesta terça-feira (22), novas mensagens foram vazadas sobre a invesitgação envolvendo os empresários. Desta vez, contudo, a mensagem em questão é atribuída ao ex-presidente Jair Bolsnoaro (PL). No texto enviado ao empresário investigado, Bolsonaro compartilha o seguinte texto:
"O ministro Barroso faz peregrinação no exterior sobre o atual processo eleitoral brasileiro, como sendo algo seguro e confiável.O pior, mente sobre o que se tentou aprovar em 2021: o voto impresso ao lado da urna eletrônica, quando ele se reuniu com lideranças partidárias e o Voto Impresso foi derrotado. Isso chama-se INTERFERÊNCIA. Todo esse desserviço à Democracia dos 3 ministros do TSE/STF, faz somente aumentar a desconfiança de fraudes preparadas por ocasião das eleições. O DataFolha infla os números de Lula para dar respaldo ao TSE por ocasião do anúncio do resultado eleitoral. REPASSE AO MÁXIMO."
A imprensa noticiou o caso afirmando que isso seria uma "ordem de disparar Fake News". Para a Polícia Federal, a mensagem é causa suificente para que Bolsonaro seja intimado a prestar um depoimento na investigação e seja, possivelmente, indiciado.
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