Show do Brás - Ep #5 - Roger Waters se afogando nas águas da censura
No episódio de hoje, o roqueiro velho paladino da justiça social enfrentará Flávio Dino e sua turma
Roger Waters foi um dos fundadores do Pink Floyd, e tanto na época de sua banda quanto em carreira solo, ele sempre se declarou um "antifascista", o que, em linguagem de lacrador, quer dizer "todo mundo que eu não gosto é fascista".
Waters tocou no Brasil de 2018, que segundo ele, era ameaçado por um "porco fascista" (Bolsonaro). Em 2020, ele fez campanha pela soltura de Lula, chamando-o de amigo e desejando que o petista se tornasse presidente para salvar o Brasil de um ditador.
Agora, em pleno governo de seu "amigo", o ex-Pink Floyd vai ter de tocar com a Polícia Federal no seu cangote supervisionando seu figurino. Waters é acusado fazer de apologia ao nazismo durante parte de sua performance. A acusação parte de um advogado bem relacionado com um certo ministro do STF, que teria recebido de Flávio Dino a garantia de que Waters poderia ser preso se insistisse em usar o cosplay de Hitler da Shopee na turnê brasileira de 2023.
Eu sei que nesse tipo de briga, a gente sempre torce pelos hematomas, mas - justiça seja feita - Waters pode ser um idiota, porém não há qualquer apologia ao nazismo em sua performance.
Dá o play no episódio de hoje que eu explico a confusão e ainda te provo que Roger Waters previu seu próprio futuro no filme The Wall, lá em 1982.
