Arthur Lira entra na Justiça e pede censura contra dois veículos de comunicação
Os sites publicaram reportagens sobre um suposto envolvimento do presidente da Câmara em fraude na compra de kits de robótica para escolas do estado de Alagoas
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), entrou com uma ação judicial contra dois veículos de comunicação por reportagens publicadas sobre ele. Os veículos são: o Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e a Agência Pública. Os processos foram iniciados na Justiça do Distrito Federal.
Contra o ICL, o presidente da Casa Baixa pede que sejam removidos 47 vídeos dos programas ICL Notícias e ICL Economia.
Ambos tratam sobre um suposto envolvimento de Lira em fraude na compra de kits de robótica para escolas do estado de Alagoas.
Lira chegou a ser investigado por corrupção passiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas o inquérito foi arquivado durante uma semana decisiva de votações na Câmara em prol de pautas importantes para o Planalto.
Além da retirada dos programas, o político pede também o pagamento de uma indenização de R$ 300 mil por dano moral, e a desmonetização do canal do ICL no Youtube por 90 dias e a censura de publicações com o mesmo assunto.
A ex-esposa de Lira, Jullyene Lins, também é alvo da ação. A mulher concedeu uma entrevista ao canal no mesmo dia que foram ao ar as demais matérias.
Já na ação movida contra a Agência Pública, Lira pede judicialmente que seja removida uma entrevista de Jullyene Lins que o acusa de violência sexual, física e psicológica.
Na Agência Pública, Lira solicitou uma indenização de R$ 100 mil e multa caso o canal volte a publicar conteúdos semelhantes sobre ele.
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