A VERTIGEM DA MENTIRA
Existe na mitologia grega um personagem dos mais mórbidos chamado Procusto. Trata-se de um bandido que, se fingindo de estalajadeiro, atraía para a sua casa os viajantes que passavam na beira da estrada de Elêusis. Chegando lá, ao hóspede era oferecida uma cama que tinha exatamente o tamanho do anfitrião. Desta sorte, caso o convidado fosse maior que o leito, Procusto amputava seus pés e braços; caso fosse menor, ele os esticava violentamente.
Por mais terrível que a cena pareça, do ponto de vista simbólico é muito comum encontrarmos Procustos.
O que o bandido de Elêusis fazia é o mesmo que qualquer pessoa dominada por uma mentalidade totalitária sempre faz: tentar encaixar todos os fatos num mesmo quadro explicativo, numa mesma narrativa ideológica que nada tem que ver com a realidade.
Vejamos o caso da diretora petista Petra Costa:
Já circulando pela mídia gringa a fim de comentar sobre o seu documentário indicado para o Oscar, a mineira, depois de apequenar o Mensalão, o Petrolão, as maiores manifestações de rua da nossa história, o papel de Sérgio Moro no comando da Lava Jato e a influência de Olavo de Carvalho na mudança dos rumos político-culturais do brasil na última década, depois de todas essas operações a sangue frio, com pedaços da realidade lacerada espalhados por todos os cantos, depois disso, Petra colocou novamente sua cama de Procusto na frente das câmaras e disse as seguintes coisas sobre o Brasil de Bolsonaro:
- Que, por causa do mandatário, cresceu o número de pretos assassinados pela polícia, sobretudo no Rio de Janeiro;
- Que Bolsonaro incentiva fazendeiros a tocarem fogo na Floresta Amazônica;
- Que Bolsonaro ganhou as eleições por causa de fake news do tipo: Manuela D’Ávila tem um filho com o Capiroto.
