Direita unida ou direita desunida?
O que a direita precisa não é de “união” – a direita precisa mesmo é estudar mais e falar menos
Tornou-se lugar-comum a tolice remetida em frase de banheiro de tuiteiro: “Temos que unir a direita”.
Antes de soltar alguma frase no estilo “Unir é o cacete!”, permita-me o leitor ser um tanto filosófico.
Lembro aqui de um autor que poucos conhecem e que falava bastante de união: Enrico Corradini.
Em 1922 ele escreveu a obra L’unità e la potenza delle nazione (A unidade e o potencial das nações).
Corradini pregava, ao seu tempo, uma espécie de “união política” entre os anti-socialistas, com algumas reservas, entretanto, em face dos liberais (apesar de ver com bons olhos uma “união” com eles, desde que sujeitos a uma coordenação do líder, que em italiano é duce que se fala).
Seu nacionalismo era expansionista, imperialista: “natural consequência” de uma “união superior”, em que o coletivismo é almejado sem prejuízo do individualismo desejado. A “união” é, pois, um instrumento da sua política “anti-socialista”+